— Devido a situação pandémica e ao cancelamento da viagem da autora lamentamos comunicar que a leitura foi cancelada. Agradecemos o vosso apoio e compreensão. —
A escritora portuguesa Isabela Figueiredo analisa neste relato autobiográfico, de um modo muito pessoal e crítico, o que foi o colonialismo português em Moçambique.
A narradora nasceu e cresceu em Lourenço Marques, hoje Maputo, capital de Moçambique. No foco das suas memórias está a figura do seu pai, que desde os anos 50 vivia e trabalhava em Moçambique. Fugido a uma situação precária no interior de Portugal é na colónia que ele consegue singrar e onde demonstra a sua primazia branca e racista. O que a filha vive e testemunha vai ser descrito a partir de uma perspetiva inocente que, por isso mesmo, tem o poder de desconstruir o mito de um colonialismo “bonzinho”. O quotidiano é marcado por discriminação, racismo descarado, sexismo e violência para com a população autóctone.
A uma distância de quatro décadas Isabela Figueiredo enfrenta o seu próprio passado e a relação com o pai, figura que representa o passado colonial. É só em 2009 e após a morte do pai que ela publica o livro, que gera de imediato fortíssimas críticas, pois ao aplicar um olhar nada pacífico sobre o colonialismo português, o caderno de memórias tinha quebrado um tabu.
Isabela Figueiredo, jornalista e escritora, nasceu em 1963 em Lourenço Marques, hoje Maputo e, em 1975, na sequência da revolução e da independência de Moçambique, foi enviada para casa de familiares no interior de Portugal. Publicou em 2016 o romance A Gorda, galardoado com vários prémios. Publica regularmente prosa curta no seu blog.
Moderação e tradução: Luísa Costa Hölzl
Leitura em alemão: Wanda Jakob
Entrada: 10€ / 8€
Livraria Lentner
Marienplatz 8, 80331 München
Reserva através do Tel. 089/22 79 67
Um evento da Lusofonia e.V. em cooperação com a embaixada de Portugal em Berlim e a editora Weidle