Nascida em Barcelos, Gisela João vive atualmente em Lisboa, onde gravou em 2013 o seu primeiro disco. O seu álbum de estreia “Gisela João“ foi recebido entusiasticamente pela crítica e considerado o melhor álbum nacional do ano por publicações de referência como a Blitz, o Expresso e o Público, entre outros. As vendas valeram-lhe o Disco de Platina e o disco foi considerado o mais importante disco de estreia de um artista português no século XXI. Foi com ele que ganhou o prémio revelação Amália. Em 2016 lança o segundo álbum “NUA”. Na tournée atual apresenta o novo disco “AuRora”.
Fado é o género musical que não é só género. „Fado é um sentimento.“, diz Gisela João, ela que incorporou inteiramente esse sentimento. A cantora premiada (entre outros o Golden Globe pela melhor artista portuguesa) representa com a sua voz e tonalidade única uma figura central e uma das artistas mais importantes no panorama musical de Portugal. O seu primeiro álbum foi considerado o mais importante disco de estreia de um artista português no século XXI. Junto com o produtor americano Michael League, líder da banda Snarky Puppy, produziu o novo álbum que leva o fado aos seus limites.
“Nada em Gisela João faz lembrar uma fadista, nada parece ligá-la a uma tradição. Exceto a voz. E é a voz que a torna uma fadista maior.”
João Bonifácio, PÚBLICO
„Portugal’s most widely acclaimed fado singer to emerge in this decade!“
New York Times
Maria Luísa entra no seu apartamento em Almada. Herdou-o dos pais, já ambos falecidos. Nas suas voltas pelos vários compartimentos a narradora vai descrevendo ambiente e vistas das varandas sobre o Tejo, mobílias e objetos decorativos, tudo servindo para evocar épocas passadas. Deste modo ela partilha a sua vida, a chegada aos doze anos a um Portugal desconhecido, a passagem por casa de avós e tias na província, o colégio interno, a universidade em Lisboa, os primeiros amores e a sua grande paixão pelo seu jovem colega David, o retorno dos pais dez anos mais tarde e, com eles um dia-a-dia bastante difícil, porém iluminado por momentos de cumplicidade e afeto entre os três. E sempre a luta com o próprio corpo, esse “monstro indomável” que ela mais tarde irá tentar vencer através de uma operação.
Os passos solitários pela sua casa, espécie de caixa de ressonância de uma vida plena de dores e ilusões remetem para um país que se quer libertar de décadas de ditadura, colonialismo e moral conservadora e repressiva e que, à semelhança da protagonista, se deseja estável e feliz.
Isabela Figueiredo, jornalista e escritora, nasceu em 1963 em Lourenço Marques, hoje Maputo e, em 1975, na sequência da revolução e da independência de Moçambique, foi enviada para casa de familiares no interior de Portugal. A partir do seu blog surgiu o livro Caderno de Memórias Coloniais, quatro décadas após a sua experiência de vida ligada à colonização. A sua publicação em 2009 causou escândalo devida a uma linguagem crua e direta. Publica regularmente prosa curta no seu blog e no facebook.
Um convite a visitar, a partir do sofá, diversas exposições e coleções do mundo lusófono. Aqui alguns links para museus que oferecem visitas guiadas, às vezes só fotografias, outras vezes passeios virtuais, quase sempre em português, também em inglês. Caminhar pelos sites traz agradáveis surpresas.
MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO
MUSEU AFRO-DIGITAL, SALVADOR, BAHIA
MUSEU DE ARTE ANTIGA, LISSABON
PARK DES GULBENKIAN-MUSEUMS IN LISSABON
(em língua gestual)
Neste ano o festival UNDERDOX acontece pela 15a vez e continua com filmes em português no programa.
Armour (PT/ CA 2020, 30min, em inglês e francês com subtítulos em inglês)
Hector vinha podre de bêbado. O pai estava doente e quase a morrer, a namorada trocou-o por um tipo mais velho e levou-lhe o filho de onze anos. Naquele dia vestia uma armadura. Havia uma festa medieval e a cidade estava ao rubro.
O diretor Sandro Aguilar (nasceu em 1974 em Angola, cresceu em Portugal) pertence a „shorts generation“, um grupo de cineastas, dando novo valor a curta-metragem.
A Dança do Cipreste (PT 2020, 37 min, em portugês e inglês com subtítulos em inglês)
Corpos, natureza, flores, bichos, a luz e a noite, acordam uma narrativa de desejo e sonho. Um filme que paira sobre as coisas, aproxima-se delas, toca-lhes… um filme de gestos, de mãos, melancólico e agitado. Personagens adormecidas e despertas movem-se numa depurada paisagem de límpidos e obscuros desejos; Valéry e Bataille, amor e erotismo e a bravura do pensamento. E mais fantasmas e espelhos ancestrais de água que recolhem imagens. Um filme que fulgura, atmosférico, musical, encantatório. (Carlota Gonçalves)
A dupla Francisco Queimadela e Mariana Caló (A Trama e o Círculo, 2015 e Sombra Luminosa, 2018) realiza esta viagem sensorial, entre o documental e a imaginação. Um encontro com a natureza, o contacto e o afecto, o movimento de um círculo familiar.
— Devido a situação pandémica e ao encerramento dos cinemas, lamentamos comunicar que o festival e a mostra dos filmes foi cancelado. Agradecemos o vosso apoio e compreensão. —
Dentro da programação do Quarto Festival da Primavera de Cinema Brasileiro em Munique apresentamos no domingo, 22 de março, dois filmes que se baseiam na obra do escritor Luiz Ruffato.
18:00 horas
É uma adaptação de romance homônimo de Luiz Ruffato de 2010. Conta a história de Sérgio de Souza Sampaio, um jovem mineiro de Cataguases que, após uma série de decepções em sua vida pessoal, se decide a mudar para Portugal com o sonho de juntar dinheiro e rico, regressar ao Brasil. Na cidade de Lisboa se confronta com a miséria, reconhecendo que a realidade do imigrante difere da idealizada.
VO legendas em inglês (Drama BR/PT 2016, 1h 34min)
Direção: José Barahona
19:35 horas
Lembranças do passado voltam à tona. O filme se baseia em estórias da obra Inferno Provisório de Luiz Ruffato. Em Cataguases, cidade de Minas Gerais, dois amigos acabam se reencontrando após longo tempo sem se verem. Luzimar e Gildo eram inseparáveis durante a infância. Na véspera de Natal, os dois se reúnem para uma conversa regada a muita bebida, que desperta em Luzimar e Gildo a oportunidade de reavaliar seus caminhos e de falar sobre suas lembranças, seus remorsos e suas alegrias.
VO com legendas em alemão (Drama BR 2014, 1h40min)
Direção: José Luiz Villamarim
O festival decorre no fim de semana de 20-23 de março de 2020 sob o tema riqueza do Brasil em facetas, humanas e afetuosas, caóticas e injustas, apresenta vários filmes, dramas, comédias, documentários. Com música ao vivo e salgados brasileiros. Mais programa:
Sexta-feira, 20 de março
20:30h Simonal
Sábado, 21 de março
16:30h Amizade – Teokoayhu
18:30h Oração do Amor Selvagem
20:30h Maria do Caritó
Domingo, 22 de março
16:00h Se eu fosse você 2