Programação

João Selva: Tournée Onda

Quinta-feira, 19 de junho de 2025, 19:30 hrs

A música de João Selva viaja do samba brasileiro, passando pelo semba angolano e pelo funaná cabo-verdiano, até ao zouk caribenho, com desvios pela rumba congolesa e pelo funk americano. O seu novo álbum “Onda” é uma obra de arte transatlântica ensolarada, imbuída de sensualidade e alegria de viver. Irradia uma energia exuberante, o brilho e as cores do carnaval brasileiro, simbolizando aquilo em que João Selva acredita: nenhuma tristeza sobrevive perante tanta alegria. Revigorante e hedonista!

João Selva, cantor, compositor e produtor, é natural do Rio de Janeiro, onde cresceu, rodeado de música desde muito cedo, pois o seu pai, pastor duma comunidade alternativa cristã sempre deu à música um papel vital, tendo por exemplo permitido que ex-presidiários se reabilitassem através de um programa musical. João Selva aprendeu a tocar violão com a famosa violonista e cantora de bossa nova Wanda Sá, amiga de seu pai. Aos 18 anos, começou a dar concertos para crianças em África, na América do Sul e no Caribe. Radicado em Lyon, França, desde 2010, aí gravou o seu primeiro disco. O seu álbum de estreia “Natureza” foi lançado em 2017, seguido de “Navegar”, 2021 e “Passarinho” em 2023, que aborda a destruição do meio ambiente, com o pássaro a simbolizar as criaturas ameaçadas do Brasil.

Nos seus álbuns, João Selva cultiva e divulga o rico património musical brasileiro. O artista também gosta de expandir as tradições musicais da sua terra natal para incluir estilos de outras partes do mundo, desde o cosmic jazz, soul, disco e funk a géneros provindos de Angola ou de Cabo Verde.

Entrada: a partir das 19:30 horas, Início: 20:30 Uhr

Lugar: Ampere, Muffatwerk
Zellstr. 7, 81667 München

Bilhetes aqui: VVK € 20 zzgl. Gebühren / AK € 24

Apresentado por Lusofonia e.V.

 

Lia Rodrigues Companhia de Danças: Borda

16 e 17 de junho de 2025, 19:30 hrs

Lia Rodrigues é uma das vozes artísticas mais importantes do Brasil e do mundo da dança. Em seu novo espetáculo “Borda”, ela trata do que nos divide tanto no sentido geográfico quanto político: quem tem direito a atravessar fronteiras? Quem fica? Quem é excluído?

Dançado por e criado em estreita colaboração com: Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey da Silva, David Abreu, Raquel Alexandre, Daline Ribeiro, João Alves, Cayo Almeida e Vitor de Abreu

Lia Rodrigues é uma das vozes artísticas mais importantes do Brasil e do mundo da dança. Suas peças mostram a luta dura e existencialista da convivência humana. Emocionante e extremamente física, com uma linguagem visual impressionante e multifacetada, reflete sobre questões globais como a interação do ser humano com a natureza ou as alterações climáticas. Sendo nós seres sociais (e ao mesmo tempo negando isso), as suas obras questionam a nossa capacidade de restaurar a harmonia.

Seu novo trabalho, “Borda”, que terá a sua estreia no Kunstenfestivaldesarts em Bruxelas, em maio, se foca sobre o que nos separa, tanto no sentido geográfico como político. Em português, a palavra “borda” pode significar margem, fronteira, limite, barreira, limiar, e, nestes múltiplos sentidos, coloca questões relacionadas com diversos aspectos: Quem pode atravessar a borda? Quem fica? Quem é excluído? Quem pertence e quem não pertence? Quem tem o direito de existir? Como transportar conosco o mundo de nossas visões, de anseios, memórias e futuros?

Lia Rodrigues nasceu em São Paulo em 1956, onde se formou em balé clássico e estudou história na Universidade de São Paulo. Após participar do movimento de dança contemporânea em São Paulo na década de 1970, integrou a companhia Maguy Marin (França) entre 1980 e 1982. Retornou ao Brasil em 1990 e fundou a Lia Rodrigues Companhia de Danças, no Rio de Janeiro. Em 1992, fundou o festival de dança Panorama, que dirigiu até 2005.

Desde 2004, desenvolve projetos artísticos e educacionais na favela da Maré, no Rio de Janeiro, em colaboração com a ONG Redes da Maré. Em 2009, fundou o Centro de Arte da Maré e, em 2011, a escola independente de dança Maré. Em 2005, recebeu a Ordem Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres do governo francês, em 2014 o Prémio da Fundação Prince Claus dos Países Baixos e em 2016 o Prémio de Coreografia SACD (França). Lia Rodrigues é artista associada do Théâtre National de Chaillot e do Théâtre LE CENQUATRE em Paris.

“Borda”

Direção artística e conceito: Lia Rodrigues
Dançado por e criado em estreita colaboração com: Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey da Silva, David Abreu, Raquel Alexandre, Daline Ribeiro, João Alves, Cayo Almeida, Vitor de Abreu
Assistência coreográfica: Amália Lima
Dramaturgia: Silvia Soter
Colaboração artística e imagens: Sammi Landweer
Design de luz: Nicolas Boudier
Direção de cena: Magali Foubert e Baptistine Méral

Produção: Lia Rodrigues Companhia de Danças
Coprodução: Le Kunstenfestivaldesarts – Bruxelas / Maison de la danse, Lyon / Pôle européen de création, com o apoio da Biennale de la danse 2025, Chaillot, Théâtre National de la Danse, Paris / Le CENTQUATRE, Paris / Festival d’Automne à Paris / Wiener Festwochen, Viena / Festival La Batie, Comédie de Genève, Genebra / Romaeuropa, Roma / Pact Zollverein, Essen / One Dance Festival, Plovdiv / Theater Freiburg / Muffatwerk, Munique / Passages Transfestival, Metz / Festival Perspectives, Saarbrücken, Le Parvis scène nationale Tarbes Pyrénées, Tanz im August / HAU Hebbel am Ufer, Berlim, com o apoio da Redes da Maré e do Centro de Artes da Maré

Entrada: a partir das 19:30 hrs, Início: 20:30 hrs

Lugar: Muffathalle
Muffatwerk
Zellstr. 7, 81667 München

Bilhetes aqui: VVK € 24, erm. € 15 zzgl. Gebühren / AK € 28, erm. € 15

Evento da Muffatwerk München com o gentil apoio do Instituto Goethe, apresentado pela associação Lusofonia e.V.

„Sempre em trânsito”: o Dia Mundial da Língua Portuguesa 2025 com poesia e prosa

Segunda-feira, dia 5 de maio 2025, 17 hrs

Várias regiões do mundo e em diversos continentes estão ligadas entre si através da língua portuguesa que dá voz a quase 300 milhões de pessoas. Todos os anos se assinala a data de 5 de maio, numa homenagem festiva às culturas lusófonas.
O Consulado-Geral do Brasil em Munique e a associação cultural Lusofonia e.V. sediada nesta cidade têm a alegria de participar nesta homenagem com um evento literário com as duas poetas brasileiras Márcia Huber e Simone Malaguti que vivem nesta cidade.
Lançamento de “Folhas sobre a Mata” (editora Giostri, 2024) de Simone Malaguti e de “O lábio é outro” (editora 7letras, 2025) de Márcia Huber, e apresentação de “Crónicas lusófonas / Lusophone Kolumnen (tradução de Michael Kegler, editora dtv, 2022), com leitura de Wanda Jakob.
Música com o songwriter e guitarrista Luan Fernando
Moderação: Luísa Costa Hölzl

Várias regiões do mundo e em diversos continentes estão ligadas entre si através da língua portuguesa que dá voz a quase 300 milhões de pessoas. Todos os anos se assinala a data de 5 de maio, numa homenagem festiva às culturas lusófonas.

O Consulado-Geral do Brasil em Munique e a associação cultural Lusofonia e.V. sediada nesta cidade têm a alegria de participar nesta homenagem. Serão apresentados dois livros de poemas de poetas brasileiras que vivem nesta cidade, mostrando assim que mesmo na diáspora, a língua-mãe continua ativa e criativa. As origens das poetas tomam forma num vaivém entre tempos, lugares lembrados, pessoas desaparecidas e paisagens exuberantes e os cotidianos vividos aqui e agora. A leitura dos poemas será em português.

A estes dois lançamentos junta-se a apresentação de um livro bilingue, editado na Alemanha já em 2022, que reúne crônicas de 18 autores e autoras da lusofonia, selecionadas por Luísa Costa Hölzl. Na variedade dos temas e no modo versátil como eles são tratados ecoam as diversas realidades lusófonas assim como as especificidades de expressão: a língua portuguesa continua cheia de vitalidade. A leitura será feita em alemão.

Lançamento de “Folhas sobre a Mata” (editora Giostri, 2024) de Simone Malaguti e de “O lábio é outro” (editora 7letras, 2025) de Márcia Huber.

Apresentação de “Crónicas lusófonas / Lusophone Kolumnen (tradução de Michael Kegler, editora dtv, 2022), com Wanda Jakob.

Música com o songwriter e guitarrista Luan Fernando

Moderação: Luísa Costa Hölzl

Márcia Huber, nascida em Belém do Pará, formada em Turismo, passou a viver na Áustria a partir de 1990, onde obteve mestrado em filologia românica e germânica. Vive na Alemanha desde 1996 e manteve por mais de 20 anos um escritório de tradução em Munique. Trabalha como voluntária na WeCare Association, uma organização de caridade que mantém projetos de ajuda sustentável e combate à mutilação genital feminina no Quénia. Tem poemas publicados em várias antologias. O lábio é outro, publicado pela editora 7Letras em 2025, é seu primeiro livro.

Simone Malaguti, nascida em São Paulo, formada pela USP em Letras, doutorada em filologia germânica pela Universidade de Kassel. Após atividade corporativa internacional, iniciou a carreira universitária. Possui publicações sobre estudos literários, culturais, mídia e cinema. Introduziu o curso de escrita criativa na faculdade de Letras da Universidade de Munique. Pesquisa, traduz e é consultora em literatura e educação digital no setor público, universitário e editorial. Folhas sobre a mata (editora Giostri, 2024) é sua estreia literária.

Luan Fernando, cantor, compositor e guitarrista, nasceu em Munique. Viveu a infância e a juventude no Brasil, tendo regressado à Alemanha em 2018. Com sua voz e violão clássico, ele vem construindo uma carreira vasta e versátil cujas raízes se encontram na própria família, principalmente no pai, Fernando Cruz, um dos primeiros músicos brasileiros a vir para a Alemanha nos anos 80. Luan Fernando se apresenta em ambientes descontraídos com seu próprio trabalho e com o legado paterno, numa mescla de ritmos que vão do afro pop ao funk e do samba à bossa nova.

 

Lugar: Consulado-Geral do Brasil em Munique
Sonnenstr. 31, 80331 Munique

ESPAÇO ESGOTADO!

Evento do Consulado-Geral do Brasil em Munique em cooperação com Lusofonia e.V.

  

Festival de Chôro de Munique 2025

Freitag, 7. März, bis Sonntag, 9. März 2025

Munique tornar-se-á, pela quarta vez, a capital europeia do choro, ao apresentar um festival no centro cultural LUISE: haverá concertos, palestras, oficinas para adultos* e crianças, rodas de choro e comida brasileira.

*participantes ativos nas oficinas deverão tocar um instrumento

O choro, irmão mais velho do samba, é amado, tocado e celebrado não só em todo o Brasil, como também em muitos outros lugares do mundo. É um tipo de música que exige grande virtuosismo tanto nos instrumentos clássicos como na percussão e junta de forma harmoniosa raízes de música erudita com música popular.

Munique tornar-se-á, pela quarta vez, a capital europeia do choro, ao apresentar um festival no centro cultural LUISE: haverá concertos, palestras, oficinas para adultos e crianças, rodas de choro e comida brasileira.

CALENDÁRIO DO FESTIVAL

SEXTA-FEIRA, 7 DE MARÇO

12-14 hrs: Ensaio de Bandão (coro/orquestra) com Sérgio Albach

Sérgio Albach é clarinetista, arranjador, compositor, maestro e curador. Em 2002, assumiu a direção artística da Orquestra à Base de Sopro de Curitiba. Como pesquisador de choro, lançou os projetos “Choro no Sebo”, “No TUC tem Choro” e, em 2001, a “Roda de Choro do Conservatório de MPB”, que existe até hoje. Como clarinetista, lançou seu primeiro CD solo Clarineteando em 2010. Ao lado de Glauco Sölter e Vina Lacerda, integra o Trio Mano a Mano, grupo que já realizou turnês pelo Brasil, América Latina e Europa. De 2002 a 2015 foi curador da Oficina de Música Popular Brasileira em Curitiba. Em 2023, Sérgio Albach publicou Clarone no Choro 2.

14:30-17:30 hrs: Masterclasses com Lucas Telles (violão e instrumentos de harmonia), Abel Borges (percussão e pandeiro) e Marcio Schuster (instrumentos de melodia)

Lucas Telles é um dos nomes mais reconhecidos no cenário musical de Minas Gerais, com uma carreira que abrange composição, violão, produção musical e educação. Como professor do Departamento de Voz e Instrumentos, leciona e oferece cursos de produção musical, gravação e prática de conjunto. Também dirige a Orquestra de Choro da Universidade Federal de Minas Gerais. Recebeu vários prémios pelo seu trabalho inovador e aclamado. Como compositor, lançou seu primeiro álbum solo Outono em 2019 e o single Modinha do Adeus em 2021. Lucas se apresenta regularmente em festivais e eventos internacionais, tendo partilhado o palco com ícones da música instrumental brasileira.

Abel Borges, percussionista, compositor, violonista e arranjador, estudou teoria musical e piano na Universidade do Estado de Minas Gerais e aprendeu teoria e prática musical no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes quando adolescente. Estudou com o mestre cubano Santiago Heiter e concluiu o bacharelado em Música Popular pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2021, lançou seu primeiro disco, Alafiá, com referências indígenas, africanas e latino-americanas que fazem parte de sua formação. Colaborou como percussionista no álbum Mais Samba e é integrante do premiado grupo Toca de Tatu. Também constrói e restaura guitarras.

Marcio Schuster é músico, multi-instrumentista, compositor e arranjador, produtor musical e empresário com mestrado em saxofone pela prestigiosa Escola Superior de Música e Teatro de Munique. Marcio tem uma vasta experiência como solista e membro de várias formações musicais no Brasil e na Alemanha. O compositor Nikolai Brücher dedicou-lhe o concerto para saxofone, orquestra de cordas e percussão. Está envolvido em projetos e formações como Bavaschôro, Marcio Schuster Trio, Electroreeds e Black Shoes, com apresentações em palcos internacionais. Em 2015 lançou o álbum PraQuem com o Marcio Schuster Trio.

18 hrs: Concerto de abertura com Sérgio Albach seguido de Roda de Choro

O talentoso Sérgio Albach, virtuoso do clarinete, apresentará um concerto que destaca e coteja as diversas facetas do choro. Sérgio demonstrará o delicado equilíbrio entre melodia, contraponto, acompanhamento harmónico e percussão. Ele convida músicos selecionados para se juntarem a ele.

SÁBADO, 8 DE MARÇO

9-12 hrs: Masterclasses com Lucas Telles (violão e instrumentos de harmonia), Abel Borges (percussão e pandeiro)e Marcio Schuster (instrumentos de melodia)

13:30-15:30 hrs: Ensaio de Bandão com Sérgio Albach

13:30 hrs: Curso de Bodypercussion para crianças a partir dos 7 anos com Ludwig Himpsl

Ludwig Himpsl introduz, de maneira lúdica, as crianças no vasto mundo do ritmo.

Ludwig Maximilian Himpsl, músico e multi-instrumentista, trabalha como músico freelancer.  Em 2013, concluiu o curso de trompa na Escola Superior de Música de Würzburg. Teve aulas de instrumentos de percussão de várias origens com professores de renome como Glen Velez, Zohar Fresco, Aleix Tobias e Misirli Ahmet. Desde há dez anos que ensina rítmica na Bodeschule de Munique. Foi distinguido com uma bolsa de estudo de música da cidade de Munique pelas suas realizações artísticas. Atualmente, está envolvido na peça “Sternstunden der Menschheit” (Grandes Momentos da Humanidade) no Residenztheater em Munique.

15:30-17 hrs: Elementos de composição e improvisação no choro – Oficina com Lucas Ladeia e Luísa Mitre

A estrutura e composição do choro e a particularidade das cadências harmónicas.

Lucas Ladeia é compositor e arranjador e toca cavaquinho com os grupos Assanhado Quarteto e Toca de Tatu, com os quais, até o momento, já realizou sete turnês internacionais. Em 2022, lançou seu primeiro disco solo Cavaquinho em Todos os Tons, Vol. 1 e 2. Apresentou-se em importantes festivais internacionais e tocou e gravou com grandes nomes da música brasileira. Apresenta suas próprias peças e arranjos para cavaquinho em seu canal no YouTube. Além de suas atividades artísticas e educacionais, atualmente desenvolve sua tese de doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais sobre a performance musical do cavaquinho brasileiro.

Luísa Mitre é pianista e compositora. É professora de piano e música popular na Universidade de São João Del-Rei. É bacharel em Piano e Música Popular e mestre em Performance Musical pela Universidade Federal de Minas Gerais. Tem colaborado com diversos artistas em concertos e gravações e se apresentado com seus projetos no campo da música instrumental brasileira. Em 2018 lançou o álbum Oferenda e em 2021 o álbum Seiva com o duo Mitre (junto com sua irmã Natália Mitre). Também toca com o grupo Toca de Tatu, com o qual já lançou três CDs e fez turnês no exterior.

17 hrs: Concerto com Caiana Duo

João Araújo (pandeiro) e Abdallah Harati (violão 7 cordas) formam o núcleo da música de choro em Munique. Eles vivem a tradição da música brasileira com todos os sentidos e, como aficionados chorões organizam a “Roda de Choro de Munique”. O Caiana Duo é um embaixador incansável do choro.

19 hrs: Concerto com Toca de Tatu de Belo Horizonte

Toca de Tatu nos oferece um som único que, respeitando a tradição musical brasileira, respira um espírito inovador. Os quatro músicos excepcionais abrem o choro para o mundo do jazz. Nos seus arranjos, aperfeiçoam peças de autoria própria e de compositores consagrados, transitando por diferentes áreas da música instrumental brasileira, desde balanço e fraseado do choro (precursor do samba) até à liberdade de improvisação do jazz e à abordagem camerística da música de concerto. O grupo já lançou três álbuns: Meu amigo Radamés (2013), Afinidade (2017) e Toca de Tatu (2021).

Com:
Luísa Camargo Mitre de Oliveira (piano)
Abel Ferreira de Borges (percussão)
Lucas Pimentel Telles (violão 7 cordas)
Lucas Ladeia Ribeiro (cavaquinho)       

DOMINGO, 9 DE MARÇO

9:30-11 hrs: Ensaio de Bandão com Sérgio Albach

11-12:30 hrs: Elementos de composição e improvisação no choro – Oficina com Lucas Ladeia e Luísa Mitre

Variações rítmicas e melódicas no choro e exercícios práticos de improvisação.

11:30 hrs: Concerto infantil com Flávio Nunes (violão de 7 cordas), Monique Rocha (voz) e Eudinho Soares (cavaquinho)

Os três músicos brasileiros vão apresentar o mundo da música brasileira às crianças presentes e aos mais que o queiram ser. O que é que um violão de sete cordas, um cavaquinho de cinco cordas e uma voz podem invocar e narrar? Descubram isso neste concerto. As crianças até aos 12 anos não pagam entrada, porém podem trazer os pais pagantes.

Eudinho Soares é tocador de cavaquinho, violonista, compositor e líder de banda brasileiro. Estudou música na Universidade Estadual do Ceará, em Fortaleza, e na Academia de Música Hanns Eisler, em Berlim. Ao longo de sua carreira, tem feito apresentações em reputados festivais de música e participado de inúmeras gravações e peças teatrais. Flávio Nunes combina samba de raiz, chôro, MPB, forró, bossa nova, blues, reggae e jazz manouche com precisão virtuosa e paixão. Para o Festival de Chôro de Munique convidou a cantora carioca Monique Rocha que partilha a sua paixão pelo samba, bossa nova e baladas brasileiras.

13:30 hrs: Apresentação do Bandão, em seguida Roda de Choro

Todos os músicos participantes com seus diferentes instrumentos e em sua diversidade apresentam o som maravilhoso que três dias criativos vão fazer surgir: o som do bandão! A apresentação é seguida de mais uma animada Roda de Choro. Haverá também feijoada.

16 hrs: Palestra e bate-papo sobre Literatura e choro, ou: machetes, polcas e composições frustradas com Luísa Costa Hölzl

Neste encontro literário prestamos homenagem ao choro, música de enorme pluralidade, com raízes africanas e europeias, uma simbiose fascinante que exige dos executantes grande virtuosismo.

Luísa Costa Hölzl, com formação em literatura e leitora entusiasmada de Machado de Assis (1839-1908) apresentará três contos deste escritor brasileiro cuja temática é a música na época do Império, no Rio de Janeiro, que, num esforço de se estabelecer como música erudita para uma burguesia culta, acaba por manter ou mesmo redescobrir, não sem conflitos, as suas raízes populares.

18 hrs: Concerto com Bavaschôro feat. Dandara Modesto

A sonoridade excepcional do Bavaschôro, que mistura chôros brasileiros famosos com letras e referências a peças bávaras, se encontra com a voz única e a brilhante presença de Dandara Modesto. Arranjos maravilhosos com trompa francesa, guitarra portuguesa, fliscorne e tuba transitam entre harmonias jazzísticas, partes vocais melódicas e a chamada Gemütlichkeit, esse bem-estar típico da Baviera.

Com:
Dandara Modesto (voz)
Henrique de Miranda Rebouças (violão de 7 cordas)
Ludwig Himpsl (trompa, tuba, percussão/pandeiro)
Xaver Himpsl (trompete, fliscorne)
Luís Maria Hölzl (guitarra portuguesa, cavaquinho, violino)

Lugar: Centro Cultural LUISE

Ruppertstraße 5, U-Bahn Poccistraße

Entradas para o Festival / para um dia / para um concerto aqui
— crianças com menos de 12 anos entrada franca —

Parcerias e apoios: Kulturreferat der Landeshauptstadt München, DBKV, Lusofonia e.V., RuppertBrasil, Supremo Rösterei, Migrationsbeirat der Landeshauptstadt München, Bayerischer Musikrat, Goethe-Institut e Auswärtiges Amt.

Curadoria: Marcio Schuster, Luís Maria Hölzl

“Risque esta palavra“ de Ana Martins Marques: Leitura de poemas com o tradutor Michael Kegler

Sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025, 20:00 horas

Michael Kegler vai ler poemas por ele traduzidos para alemão do livro »Risque esta palavra« da poeta brasileira Ana Martins Marques, publicado recentemente, e conversar com o editor Martin Pflanzer da editora Hagebutte sobre o seu trabalho de tradução. O evento será em alemão com leitura de alguns excertos em português e acompanhado por bossa nova que o trio Martin Lickleder, Claudia Kaiser e Ralf Nickolaus irá apresentar – em alemão.

A poeta brasileira Ana Martins Marques usa de parcimónia nos seus poemas. Com apenas algumas pinceladas a sua lírica revela aspetos do cotidiano, descreve situações ou objetos, aquilo que observa parece querer apontar para mais além e explorar um interior.  São poemas de vários anos que aqui são compilados em quatro grupos: sobre a morte, o amor, a língua e o fumar.

Michael Kegler vai ler poemas por ele traduzidos para alemão do livro »Risque esta palavra« da poeta brasileira Ana Martins Marques, publicado recentemente, e conversar com o editor Martin Pflanzer da editora Hagebutte sobre o seu trabalho de tradução. O evento será em alemão com leitura de alguns excertos em português e acompanhado por bossa nova que o trio Martin Lickleder, Claudia Kaiser e Ralf Nickolaus irá apresentar – em alemão.

Mais informações sobre o livro aqui:  https://hagebutte-verlag.de/ana-martins-marques-streich-dieses-wort-risque-esta-palavra/

Ana Martins Marques nasceu em 1977 em Belo Horizonte, Brasil. Graduada em letras, tem doutorado em literatura comparada. É uma das mais prestigiadas poetas brasileiras da atualidade, as suas obras têm recebido vários prêmios e tem vindo a adquirir reconhecimento internacional.

Michael Kegler, nasceu 1967 em Gießen e cresceu perto de Belo Horizonte, desde os anos 90 que traduz literatura lusófona para o alemão. Entre outros recebeu o prêmio de tradução Straelener da Fundação de Arte de Renânia do Norte-Vestefália. Para além de Ana Martins Marques tem traduzido nos últimos anos poemas de Ana Luísa Amaral, Hélia Correia, Al Berto e Yara Nakahanda Monteiro.

Ralf Nickolaus (banjo), Claudia Kaiser (guitarra e voz) e Martin Lickleder (violino) não só partilham a paixão pela bossa nova (que traduzem alegremente para alemão), como também desenvolvem grande atividade em várias bandas muito para além das fronteiras de Munique: por exemplo em A Million Mercies ou em The Sound of Money e, por vezes, também como orquestra de bluegrass (ainda sem nome). Cada um deles segue o seu próprio caminho em diversos grupos como Oktober Folk Club (Lickleder) ou The Royal Flares (Kaiser).

Lugar: Biblioteca Municipal Neuhausen, sala de leitura
Nymphenburger Straße 171b, 80634 München,
U1/U7 Rotkreuzplatz

Entrada franca
Inscrição pessoal na Biblioteca Municipal Neuhausen, por telefone 089 233 77 24 28
ou email stb.neuhausen.kult@muenchen.de

Um evento apresentado pela Biblioteca Municipal Neuhausen em Munique, associação cultural Lusofonia e.V. e editora Hagebutte com o apoio do pelouro da cultura da cidade de Munique.