Programação

Esta é a madrugada que eu esperava – 50 anos após a Revolução Portuguesa

28 de abril a 3 de maio 2024

Na madrugada de 24 para 25 de abril de 1974, jovens capitães derrubaram o governo português e o país viveu uma revolução. A liberdade era ansiada pelo povo, o que se refletia também nas artes. Atualmente, em toda a Europa, a democracia está ameaçada, o que justifica muito oportunamente olhar para os acontecimentos libertadores dessa época. Comemoramo-los a partir de perspetivas artísticas e outras e celebramos as suas conquistas democráticas.

Às 00:20 do dia 25 de abril de 1974, a canção “Grândola, vila morena”, de José Afonso, soou na rádio. Era a senha combinada pelos oficiais que se tinham juntado no Movimento das Forças Armadas (MFA) para invadir Lisboa e ocupar ministérios, estações de rádio e a televisão e, mais tarde, o aeroporto e a sede dos serviços secretos da PIDE.

A tão esperada Revolução dos Cravos mudou Portugal, os portugueses tornaram a ver uma perspetiva: a cruel guerra colonial que se arrastava há mais de dez anos em várias frentes terminou e os países conquistaram a sua independência. Portugal saiu do seu isolamento. Hoje, Portugal é um parceiro fiável da União Europeia. Porém, como em toda a Europa, a democracia está ameaçada também em Portugal, onde as forças da extrema-direita põem em causa as conquistas democráticas da revolução de 1974.

Por isso, parece-nos muitíssimo apropriado olhar para os acontecimentos libertadores dessa época. Recordamo-los a partir de perspetivas artísticas e outras e celebramos as suas conquistas democráticas.

Programação:

Domingo, 28 de abril, 18 hrs, foyer
Inauguração da exposição fotográfica (até 3 de maio de 2024): Os murais através dos tempos: 1977, 1997 e hoje
Ao mostrar fotografias de murais, pretendemos lançar luz sobre a revolução e o seu legado. As fotografias de 1977, 1997 e 2024 permitem uma abordagem colorida da história pois dão uma expressão artística ao debate político e à diversidade de opiniões ao longo do tempo. Apresentação com os fotógrafos Hartmut Heller e Bernhard Inderst.
Entrada livre

Hartmut Heller nasceu em Sonthofen/Allgäu e estudou em Munique. É sociólogo e fotógrafo de sombras. Muitos anos atou também na Associação de Inquilinos de Munique. Teve várias exposições fotográficas sobre a Grécias e Portugal, entre outros temas.  

Quinta-feira, 2 de maio, 17 hrs, salão
Sessão de cinema: Capitães de abril (123 min., original, legendado em inglês)
Esta longa-metragem do ano 2000, realizada por Maria de Medeiros, baseia-se no golpe militar que teve lugar em Portugal na noite de 24 para 25 de abril de 1974. Por volta das três da manhã tropas revoltosas ocupam os quartéis e marcham em direção a Lisboa. O filme, uma homenagem aos jovens capitães que libertaram a pátria duma ditadura, retrata de forma sensível e emotiva o dia que viria a mudar um país inteiro e a inaugurar uma nova era.
Entrada livre

Quinta-feira, 2 de maio, 19:30 hrs, salão
Poesia&Música
Foi com a voz do cantor e poeta Zeca Afonso que a revolução começou na madrugada de 25 de abril de 1974. Uma revolução que é antecipada, refletida e recordada nas palavras de poetas. Vamos ler poemas que falam do obscurantismo da ditadura, do entusiasmo revolucionário e dos sonhos e visões que daí nasceram: entre outros haverá poemas de Alexandre O’Neill, Sophia de Mello Breyner e Manuel Alegre. Acompanhado de arranjos para guitarra sobre temas de Zeca Afonso, Paulo de Carvalho e outros.
Leitura bilingue: Luísa Costa Hölzl e Wanda Jakob
À guitarra: João Pedro Marques
Entrada: 8€ (bilheteira)

João Pedro Lopes Marques, nascido em Vila do Conde em 2004, recebeu a sua formação em guitarra clássica em Portugal. Desde 2022 estuda na Universidade de Música e Teatro de Munique, sob a orientação de Franz Halász. Já tocou a solo e em grupos de música de câmara em vários locais, incluindo a Casa da Música do Porto. Mais recentemente fez arranjos baseados nas canções simbólicas da Revolução dos Cravos, que interpretará com a virtuosidade que lhe é inerente. 

Sexta-feira, 3 de maio, 19:30 hrs, salão
Palestra e debate com a Prof. Dr.ª Teresa Pinheiro (Universidade de Chemnitz): A Revolução dos Cravos, suas consequências e novas formas de memória
Formada em germânicas, estudos culturais e antropologia, a cientista portuguesa leva-nos numa animada viagem de 50 anos desde a Revolução dos Cravos até hoje. Em diálogo com o público, explora as memórias verdadeiras e as menos verdadeiras, compara-as com factos e números e fornece informações valiosas sobre a atual tendência para a direita em Portugal (em língua alemã).
Moderação: Dr.ª Rosário Costa-Schott
Acompanhamento musical à guitarra: João Pedro Marques
Entrada: 8€ (bilheteira)

Teresa Paula Pinheiro nasceu em Lisboa em 1972, formou-se em filologias germânicas e românicas em Lisboa e Colónia e concluiu o doutoramento em antropologia cultural na Universidade de Paderborn em 2002. Depois de ser professora júnior na Universidade Técnica de Chemnitz, assumiu em 2011 a cátedra na área de Transformações Culturais e Sociais no Instituto de Estudos Europeus da Universidade Técnica de Chemnitz. O seu currículo abrange docência como visitante, estadias de investigação e uma lista considerável de publicações, incluindo a temática da identidade europeia de países periféricos como Portugal ou Espanha e o fim do colonialismo português, sendo pois a especialista mais indicada para focar o legado da Revolução de 1974.

Local: EineWeltHaus, foyer e salão
Schwanthalerstr. 80, 80336 Munique

Os eventos são uma cooperação entre Lusofonia e.V., com a organização de apoio EineWeltHaus München e.V., e Migration macht Gesellschaft e.V., e com o gentil apoio do Departamento Cultural da Cidade de Munique

Multicolor – Concerto com Lura (Cabo Verde)

Sexta-feira, 22 de março de 2024, 20 horas

Lura é uma das maiores cantoras de Cabo Verde. Combina sons rítmicos com melodias e harmonias melancólicas. O seu álbum Herança foi um sucesso internacional.
Agora vem a Munique com o seu novo álbum Multicolor, versátil e intenso: no meio da sua excelente banda de quatro músicos (piano, guitarra, baixo, bateria), Lura apresenta um programa ao vivo arrebatador, no qual cativa o público desde a primeira canção. A energia e a intensidade de Lura são impressionantes, a sua voz quente de uma enorme versatilidade. Toca a dançar!

Maria de Lurdes Assunção Pina, cujo nome artístico é Lura, nasceu em Lisboa em 1975. Filha de pais cabo-verdianos, as culturas portuguesa e cabo-verdiana caracterizam a sua vida, as suas melodias e o seu percurso artístico.

Lura iniciou-se como cantora quando Juka, um cantor de São Tomé, a convidou para participar no seu álbum. No entanto, apesar do grande sucesso, ela continuou a perseguir o seu sonho de se tornar atleta profissional e bailarina. Aos 21 anos, um produtor português ajudou-a a gravar o seu primeiro álbum, de cariz comercial. A canção “Nha Vida” foi incluída na compilação Red Hot + Lisbon (1998) da Red Hot Organization e tornou-se um êxito.

Em 2004, assinou contrato com a editora Lusafrica, de Cesária Évora, e lançou o álbum Di Korpu Ku Alma, nomeado para os prémios BBC World Music Awards no Reino Unido, entre outros. O escritor angolano José Eduardo Agualusa comentou: “… o futuro da música cabo-verdiana já tem nome e esse nome é Lura”.

O seu álbum seguinte, M’bem di Fora, foi nomeado para o prémio musical francês “Victoires de la Musique” na categoria de Melhor Álbum. Lura fez então uma digressão mundial. Três anos depois, foi editado o álbum Eclipse, seguido de The Best of Lura em 2010, que incluiu o êxito “Moda Bô” – uma canção que escreveu em homenagem a Cesária Évora e na qual a diva ainda participou.

Em 2015, Lura decidiu mudar-se para a capital de Cabo Verde, Praia, para viver a realidade cabo-verdiana. No mesmo ano, gravou o álbum Herança, de sucesso internacional. Teve uma filha em 2016 e regressou à sua cidade natal, Lisboa, em 2018.

Em 2021 Lura iniciou a produção e gravação de um novo álbum. Multicolor foi lançado em setembro de 2023. Nas dez novas faixas Lura escreve e interpreta temas como a condição da mulher, a autoestima, o racismo e a tolerância.

Entrada às 19 hrs, início às 20 hrs

Entrada: VVK € 30 (Bilhetes)

Lugar: Muffatwerk, Ampere
Zellstr. 4, 81667 München

Apresentado por Lusofonia e.V.

“O Mapeador de Ausências” – Um serão com Mia Couto

Quarta-feira, 13 de março de 2024, 19 horas

O moçambicano Mia Couto é um dos escritores mais destacados da África lusófona. No seu último romance, Mia Couto leva o poeta Diogo Santiago de volta à sua cidade natal, a Beira. Todos lhe prestam homenagem, porém, ao ter acesso a antigos ficheiros secretos da polícia, o seu mundo é abalado. O Mapeador de Ausências (Unionsverlag, 2023) é uma obra-prima pós-colonial.

Um romance moçambicano que entrelaça a história contemporânea e os destinos individuais de forma espantosa: “um fogo de artifício poético de imagens luminosas que por muito tempo permanecem sob o nosso olhar”. (Lire)

O reconhecido poeta Diogo Santiago regressa à sua cidade natal, a Beira. A sua família pertencia à minoria branca dominante antes da independência de Moçambique. Enquanto o ciclone Idai paira ameaçadoramente sobre a Beira, Diogo acede inesperadamente, através de Liana Campos, neta de um inspetor da polícia, a documentos secretos (diários, atas de interrogatórios e ficheiros da polícia) que questionam a história da sua família.

No início da década de 1970, durante a luta de libertação de Moçambique contra as tropas coloniais portuguesas, os militares portugueses e os serviços secretos da PIDE perpetraram cruéis massacres da população no interior do país. Entre eles, a aldeia de Inhaminga, onde mais de 3.000 pessoas foram assassinadas em 1973. O pai de Diogo, Adriano, também poeta, tentou documentar, na altura e secretamente, esse crime, mas acabou por ser preso, torturado e morreu. Pouco a pouco, os ficheiros vão revelando o envolvimento da família de Diogo e dos seus vizinhos no massacre: o primo de Adriano, que desapareceu de repente um dia, não era afinal quem todos julgavam que fosse? O que é que o irmão do amigo de infância de Diogo, Benedito, que vivia com os Santiagos como empregado doméstico, teve a ver com os acontecimentos macabros? E como é que tudo isto se relaciona com a trágica lenda da filha do vizinho, que amava um negro, o que não era permitido?

Na tentativa de mapear a história do país e a sua própria, Diogo depara-se com contradições e múltiplas versões. Juntamente com Liana, a quem Diogo se sente misteriosamente ligado, parte em busca de respostas.

Com: Mia Couto
Moderação: Cornelia Zetzsche
Leitura: Thomas Lettow (Residenztheater)
Tradução: Barbara Mesquita
Evento em português e em alemão

Início: 19 hrs, bar do foyer aberto a partir das 18 hrs

Entrada: 15 euros / 10 euros
(bilhetes disponíveis em Reservix ou através do número 0761-88849999)

Local: Literaturhaus, Foyer
Salvatorplatz 1, 80333 Munique

Um evento organizado pela fundação Literaturhaus em colaboração com Lusofonia e.V.

Festival de Chôro Munique 2024

Dia 15 a 18 de fevereiro 2024

O choro, irmão mais velho do samba, é amado, tocado e celebrado não só em todo o Brasil, como também em muitos outros lugares do mundo.
De 15 a 18 de fevereiro de 2024, Munique tornar-se-á, pela terceira vez, a capital europeia do choro, ao apresentar um festival no centro cultural LUISE: haverá concertos, palestras, oficinas, rodas de choro e comida brasileira. O festival deste ano é também uma homenagem à primeira mulher pianista chorona e primeira maestrina brasileira, Chiquinha Gonzaga. Os seus choros serão ouvidos em todos os concertos. Vamos celebrar a música e a cultura com artistas do Brasil e talentos locais do choro!

CALENDÁRIO DO FESTIVAL

Quinta-feira, 15 de fevereiro, 19 hrs:
Concerto com Caiana Duo e Bavaschôro
O concerto de abertura vai prolongar o Carnaval! O Duo Caiana e o Bavaschôro são a essência do choro em Munique. João Araújo (pandeiro) e Abdallah Harati (violão de 7 cordas) transportam a tradição brasileira para o exterior e, como chorões apaixonados, organizam a “Roda de Choro de Munique”. O grupo Bavaschôro, por sua vez, rompe com muitas tradições e traz o choro para solo bávaro. O som próprio desta banda cruza habilmente reputados choros brasileiros com letras e citações de peças da Baviera, e interpreta estas composições em instrumentos atípicos do choro, como a corneta, a guitarra portuguesa, o filicorne e a tuba. A abertura de festival é dedicada aos verdadeiros amantes do choro e vai, certamente, ganhar novos adeptos.
Com: João Araújo (pandeiro), Abdallah Harati (violão de 7 cordas), Henrique de Miranda Rebouças (violão de 7 cordas), Ludwig Himpsl (corneta, tuba, percussão / pandeiro), Xaver Himpsl (trompete, filicorne), Luís Maria Hölzl (guitarra portuguesa, cavaquinho, violino)
Mais sobre Caiana Duo und Bavaschôro

Sexta-feira, 16 de fevereiro, das 9 às 12hrs:
Três oficinas instrumentais
Instrumentos de guitarra/melodia/percussão
Com: Abdallah Harati (guitarra), Cris Gavazzoni (percussão), Marcio Schuster (saxofone)

13:30 às 16:30hrs:
Bandão (orquestra de choro) com Sérgio Albach
Esta oficina ensina a tocar em conjunto. Uma experiência musical maravilhosa para todo o tipo de grupos instrumentais.

17hrs:
Concerto com Marcio Schuster (saxofone/eletrônica)
O saxofonista Marcio Schuster apresenta um incomparável concerto solo. O saxofone se funde com elementos electrónicos que harmonizam com a música brasileira, especialmente com o choro.
Mais sobre Marcio Schuster

18:30hrs:
Concerto com Sérgio Albach (clarinete, clarinete baixo) e Henrique de Miranda Rebouças (violão 7 cordas)
O talentoso Sérgio Albach, virtuoso do clarinete, participa pela primeira vez no Festival de Chôro de Munique. Sérgio não só dará uma grandiosa oficina masterclass para bandão – a orquestra para choro – mas também apresentará um concerto de tirar o fôlego. A sua impressionante carreira musical, o seu compromisso com a música brasileira, especialmente com o choro, e a sua vasta colaboração com artistas de renome fazem dele um dos destaques do festival. Acompanha o clarinetista o violão de Henrique de Miranda Rebouças, artista de Munique.
Mais sobre Sérgio Albach

20hrs:
Concerto com Batucalina
“Batucalina” é composto do verbo “batucar” e das duas últimas sílabas de violino, no feminino. A combinação exótica de violino e percussão cria uma experiência sonora única, rica em cores e ritmos.
Com: Priscila Baggio Simeoni (violino), Cris Gavazzoni (percussão)
Mais sobre Bataculina

Sábado, 17 de fevereiro, das 9 às 12hrs:
Três oficinas instrumentais
Instrumentos de guitarra/melodia/percussão
Com: Abdallah Harati (guitarra), Cris Gavazzoni (percussão), Marcio Schuster (saxofone)

13:30 às 16:30hrs:
Bandão (orquestra de choro) com Sérgio Albach
Esta oficina ensina a tocar em conjunto. Uma experiência musical maravilhosa para todo o tipo de grupos instrumentais.

17hrs:
Concerto com Pedro Aguiar (violão)
O excecional guitarrista Pedro Aguiar toca choro na guitarra clássica. Pedro Aguiar ganhou vários concursos, incluindo o concurso internacional de guitarra Alhambra. Para além dos seus compromissos como solista, é muito solicitado como parceiro de música de câmara e docente.
Mais sobre Pedro Aguiar

19hrs:
Choro Tuiuiú
O quinteto de Nuremberg apresenta uma das formas mais originais desta música com flauta transversal, clarinete, bandolim, violão de sete cordas e percussão (pandeiro). Os cinco músicos evocam em palco os sons dos bares e botecos do Rio de Janeiro. Chorinho no seu melhor.
Com: Aron Hantke (pandeiro), João Lucas Moreira (bandolim), Marie-Kristin Burger (flauta), Marcus Milian (violão de 7 cordas), Lars Groeneveld (clarinete)
Mais sobre Tuiuiú

Domingo, 18 de fevereiro, 11hrs: 
Concerto com Saideira e Amigos
Os músicos são membros fiéis das Rodas de Choro de Munique, nossos Chorões Bávaros.
Com: Claudia Góndola-Hackl (flauta), Andrea Breyer Bartsch (violão de 7 cordas), Hans Erdt (violão e melódica), Georg Wiedmann (pandeiro e percussão), Hermann Kehrer (cavaquinho e bandolim), Pit Weininger (bandolim)

12 hrs:
Apresentação do Bandão (orquestra de choro)

Em seguida:
Roda de Choro e Caldo de Feijão
No final, uma roda de choro para todos com comes e bebes!

Lugar: Centro cultural LUISE
Ruppertstraße 5, Metrô Poccistraße

Bilhetes: Existe um bilhete único com validade para todos os eventos, ou bilhetes por evento: https://rausgegangen.de/events/festival-de-choro-2024-munchen-0/

Parcerias e apoios: Kulturreferat der Landeshauptstadt München, DBKV, Lusofonia e.V., RuppertBrasil, Supremo Rösterei, MusicallShirts

Curadores: Abdallah Harati, Marcio Schuster e Luís Maria Hölzl. Mais aqui: https://choromuenchen.com/

O Brasil num ponto de viragem – A difícil luta pela democracia

Quinta-feira, 5 de outubro de 2023, 19 horas

Atualmente, a democracia parece estar novamente fortalecida no Brasil. Mas a influência da extrema-direita na política e na sociedade continua a ser perigosa. Quem está a fazer frente à extrema-direita no Brasil? Como é que as instituições e os movimentos sociais conseguem enfrentar a ameaça e salvaguardar o que foi alcançado? E que pontos comuns podemos observar entre o Brasil e a Europa?
A cientista política e ativista Biancka Arruda Miranda e o jornalista e autor Niklas Franzen discutem com o público estas e outras questões relativas ao estado da democracia no Brasil.

Desde que Lula da Silva assumiu a Presidência no lugar de Jaír Bolsonaro, no início de 2023, a democracia parece ter se fortalecido novamente no Brasil. Mas a influência da extrema-direita na política e na sociedade continua forte, limitando as conquistas democráticas e e prosseguindo a agenda de violência antifeminista, racista e exacerbadora da desigualdade social. E, por princípio, a direita subordina as preocupações ecológicas aos interesses econômicos. Que atores se opõem então à extrema-direita no Brasil? Onde as forças democráticas conseguiram se consolidar? E quais grupos e conquistas sociais, por outro lado, continuam ameaçados?

A perda de confiança na política não é um problema apenas do Brasil, pois também pode ser observada internacionalmente, assim como a ascensão dos atores de direita nas redes sociais. Que semelhanças podem ser detectadas entre a maior democracia da América do Sul e a Europa? E que papel desempenham efetivamente as muitas empresas alemãs que apoiam o poderoso agronegócio brasileiro? O que podemos aprender uns com os outros para defender a democracia com soluções progressistas?

Biancka Arruda Miranda e Niklas Franzen querem discutir isso com o público.

Biancka Arruda Miranda é cientista política, ativista ambiental e de direitos humanos e presidente da KoBra Kooperation Brasilien e.V., Munique, e da Commit e.V..

Niklas Franzen é jornalista e especialista em temas ligados ao Brasil. Viveu durante vários anos em São Paulo, onde trabalhou como correspondente para vários jornais e revistas. Em maio de 2022 foi publicado o seu livro “Brasil acima de tudo. Bolsonaro e a revolta da direita” (Associação A, Berlim).

Com: Biancka Arruda Miranda e Niklas Franzen
Moderação: Wanda Jakob, Lusofonia e.V.

Entrada livre

Por favor, registe-se no site da Fundação Friedrich Ebert.

Local:
Amerikahaus, Karolinensaal, 1º andar
Karolinenplatz 3, 80333 Munique, Alemanha

Um evento da Fundação Friedrich Ebert da Baviera em cooperação com Lusofonia e. V. e Amerikahaus.