Programação

Exposição: Over (the) Mine

Abertura: Sábado, 25.06.2022, de 12:28 hrs às 20:00 hrs

Em uma mistura de comemoração e manifesto, a exposição Over (The) Mine de Isadora Canela, Lis Haddad e Thaís Machado, três artistas do Brasil, convida o público a refletir sobre o lado mais escuro da mineração e a partir desse lugar reordenar os “mapas de destruição” e abrir novas perspectivas.

Em inglês, a palavra „mine“ pode ser traduzida tanto como espaço de extração mineral quanto como pronome possessivo. Como território explorado e também como uma materialização do self, “mine” é o centro de uma estrutura capitalista e seus padrões. 

Em uma mistura de homenagem e manifesto, a exposição Over (The) Mine convida o público a refletir sobre as profundezas obscuras da mineração e a partir daí redesenhar os mapas de destruição para abrir espaços para outras realidades.

Que as minas acabem, e não as vidas. Que a ideia egoísta do que é “meu” mude. Que o futuro de ontem possa superar as paisagens dolorosas. 

Desenvolvidas especificamente para Munique, as obras chegam ao público na cidade onde acontece o julgamento de um dos crimes humanos e ambientais mais graves da história recente: Em 2019 na cidade de Brumadinho, Brasil, uma barragem de minério se rompeu, matando 272 pessoas e quilômetros de fauna e flora. A empresa que garantiu a segurança da barragem é sediada em Munique e nega judicialmente sua responsabilidade. 

Além disso, grandes bancos alemães investem atualmente em mineradoras que estão diretamente envolvidas em conflitos ambientais e humanos no Brasil. Neste contexto, a exposição é também um alerta e um apelo à ação, afinal, apesar das distâncias físicas e simbólicas, as decisões tomadas por países europeus atualizam a era colonialista afetando diretamente outros territórios. 

As artistas:

Isadora Canela é uma cineasta e artista visual brasileira de renome internacional. Após graduar-se na Universidade de Viçosa/Brasil e especializar-se na Universidade das Artes de Londres (UAL), ela ganhou o Prêmio Expocom no maior congresso nacional de mídia do Brasil por seu ensaio fotográfico Vitrine sobre a violência contra as mulheres. Ela lançou recentemente o curta-metragem Linhas Tênues sobre o trabalho escravo na indústria da moda, que tem sido exibido em festivais ao redor do mundo. Atualmente ela está trabalhando no longa-metragem Na Sombra do Sol sobre o conhecimento astronômico dos povos indígenas. O tema de seu trabalho é sempre a arte como um meio de mudar as estruturas sociais, ecológicas e políticas.

Junto com os outros artistas convidados atuais da Ebenböckhaus, ela está pesquisando e trabalhando sobre o tema da exploração de minas e seus trabalhadores no estado de Minas Gerais e os efeitos resultantes sobre a terra, a sociedade e a democracia no Brasil. Após anos de coleta de material, elas estão agora tentando materializar este trabalho na forma de uma instalação artístico-sensorial.

Lis Haddad, nascida em Belo Horizonte/Brasil em 1981,  é artista visual e designer de jóias. Desde 2017 ela vem compartilhando seu tempo entre o Brasil e a Ásia e pesquisando práticas manuais para descobrir o modo como o artesanato e a joalheria corporal se tornam ferramentas para a descolonização do design e da estética. Entre seus muitos trabalhos destaca-se a coordenação do Departamento de Joalheria e Design da Fundação da Arch College of Design and Business, Jaipur/India (2017-2018), tendo desenvolvido e orientando o laboratório de processo criativo ‘A Jóia Expandida‘ (2015-2018) e dirigido a arte do documentário Concrete Dreams: Skating Niemeyer. Ela faz parte do coletivo de artistas MI(EA)NING.

Thais Paiva, o terceiro membro do coletivo de artistas M(EA)NING, vive atualmente em Berlim como fotógrafa e arquiteta. Seu trabalho é baseado em extensa pesquisa entre Ásia e Oceania, combinada com filosofias de planejamento urbano para usar a arte e a arquitetura como uma ferramenta de inclusão social. Seus trabalhos de vídeo e fotografia, assim nos ensaios fotográficos Tofu Artesão Apoiando Gerações ou Crianças Perdidas em um Labirinto de Trabalho Escravo, têm o objetivo de provocar discussões sobre crescimento e responsabilidade, com a esperança em reformas que reduzam as desigualdades sociais.

Abertura: Sábado, 25.06.2022, de 12:28 hrs às 20:00 hrs

Palestra e discussão com representantes do principal escritório de advocacia PGMBM (representando o lado das vítimas do desastre da mina de Brumadinho de 2019) à partir das 15h30 hrs.

Exposição: Domingo, 26.06.2022, das 12:28 às 20:00 hrs.
Segunda, 27.06.2022, das 10:00 às 20:00 hrs.

 

Lugar: Ebenböckhaus
Ebenböckstraße 11
81241 Munique-Pasing

Evento em cooperação com a Akademie der Bildenden Künste Munique

Gisela João – AuRora

Sábado, 4 de junho de 2022, às 20:00 horas

„Fado é um sentimento.“, diz Gisela João. A fadista de Barcelos apresenta o novo álbum „AuRora”.

Nascida em Barcelos, Gisela João vive atualmente em Lisboa, onde gravou em 2013 o seu primeiro disco. O seu álbum de estreia “Gisela João“ foi recebido entusiasticamente pela crítica e considerado o melhor álbum nacional do ano por publicações de referência como a Blitz, o Expresso e o Público, entre outros. As vendas valeram-lhe o Disco de Platina e o disco foi considerado o mais importante disco de estreia de um artista português no século XXI. Foi com ele que ganhou o prémio revelação Amália. Em 2016 lança o segundo álbum “NUA”. Na tournée atual apresenta o novo disco “AuRora”.

Fado é o género musical que não é só género. „Fado é um sentimento.“, diz Gisela João, ela que incorporou inteiramente esse sentimento. A cantora premiada (entre outros o Golden Globe pela melhor artista portuguesa) representa com a sua voz e tonalidade única uma figura central e uma das artistas mais importantes no panorama musical de Portugal. O seu primeiro álbum foi considerado o mais importante disco de estreia de um artista português no século XXI. Junto com o produtor americano Michael League, líder da banda Snarky Puppy, produziu o novo álbum que leva o fado aos seus limites.

“Nada em Gisela João faz lembrar uma fadista, nada parece ligá-la a uma tradição. Exceto a voz. E é a voz que a torna uma fadista maior.”

João Bonifácio, PÚBLICO

„Portugal’s most widely acclaimed fado singer to emerge in this decade!“

New York Times

Entrada: 26€ VVK (sem taxas) / 30 € AK

a partir das 19:00 horas, concerto 20:00 horas

 

Muffatwerk, Ampere

Zellstr. 7

www.muffatwerk.de

 

Um evento do Muffatwerk

Com o apoio de LUSOFONIA e.V.

Concerto com Yamandu Costa

Sexta-feira, 13 de maio 2022, 20 hrs

Concerto reposto do Festival de Chôro Munique: Yamandu Costa, violonista talentoso e compositor do Brasil, vem tocar em Munique. É considerado um dos maiores talentos no violão de 7 cordas.

Concerto reposto do Festival de Chôro Munique

Yamandu Costa é violonista talentoso e compositor do Brasil, nascido em 1980. É considerado um dos maiores talentos no violão de 7 cordas. Sua criatividade se alia a uma técnica perfeita, suas performances em palco recriam a música brasileira. O violão é seu lar, sua paixão.

O filme “Brasileirinho” e a crescente popularidade do Chôro fez que Yamandu Costa também se tornasse conhecido fora do Brasil. Por ocasião das estreias do filme em Berlim (Berlinale) e na Bélgica em 2005, Yamandu pôde ser apreciado a solo, bem como junto com outros grandes nomes como Bobby McFerrin, Richard Galliano, Baden Powell, Odair e Sergio Assad, Hermeto Pascoal, Richard Galliano, Nana Vasconcelos, Armandinho Macedo, Renato Borghetti, Toquinho, João Bosco, Dominguinhos, Hamilton de Holanda ou Paulo Moura.  

O concerto com Yamandu Costa foi adiado de Janeiro 2022 a Maio e acontece no âmbito do Festival de Chôro Munique.       

“Yamandu Costa é o Paganini do violão 7 cordas”(Kurt Masur)

Mais sobre Yamandu Costa no seu website: https://yamandu.com.br/

Entrada: 35€/28€
Bilhetes aqui

Lätare-Kirche in Neuperlach
Quiddestr. 15
U5 Haltestelle Quiddestrasse

Um evento do grupo de chôro Bavaschôro, com o apoio da Lusofonia e.V.

Como está a literatura angolana? Debate online com João Melo, Michael Kegler e Luísa Costa Hölzl

Quinta-feira, 24 de Março de 2022, 19 horas

Queremos continuar a nossa série de palestras online sobre literaturas e culturas lusófonas: Michael Kegler, tradutor e agente cultural, Luísa Costa Hölzl, editora e docente de literatura, falarão com o escritor, jornalista e consultor de comunicação João Melo sobre novos livros e escritoras e escritores de Angola e a cena literária neste grande país da África Ocidental.

Angola é um território desconhecido para o público leitor alemão. Poucos conhecerão Luandino Vieira, Pepetela, Agualusa ou Ondjaki, embora vários romances destes autores estejam disponíveis em alemão. Mas nunca se ouviu falar de Ana Paula Tavares ou Roderick Nehone ou Arnaldo Santos, quanto mais lê-los. E o que sabemos nós sobre Angola, sobre a diversidade cultural e linguística deste país? Que papel desempenhou a literatura durante o colonialismo, a independência em 1975 e as duas décadas seguintes de guerra civil? Que papel desempenha ela hoje após a abertura democrática de 2017 e a pandemia?

Queremos saber como se encontra a cena literária angolana, como se sentem autoras e autores, como tem decorrido a criação e a publicação de suas obras. Existem novas tendências literárias, novas vozes jovens, onde estão, como se manifestam?

João Melo, escritor angolano, jornalista e consultor de comunicação, vem conversar sobre novos livros, novas tendências e a cena literária neste grande país da África Ocidentalcom Michael Kegler, tradutor e moderador cultural e com Luísa Costa Hölzl, docente de português e editora.

João Melo, escritor, jornalista e consultor de comunicação, nascido e criado em Luanda/Angola em 1955, estudou direito e ciências da comunicação em Portugal e no Brasil. Membro fundador da União dos Escritores Angolanos e da Academia Angolana de Literatura e Ciências Sociais. Tem trabalhado como jornalista para vários jornais em Angola, Portugal e Brasil. Publicou poemas, contos e ensaios em antologias, revistas, jornais e blogues literários em vários países, assim como um total de 22 livros, em 2021 o livro de poesia Diário do Medo.

Michael Kegler nasceu em 1967 em Gießen, passou parte da sua infância na Libéria e no Brasil. Desde os anos 90 que traduz obras provenientes das diversas variantes da língua portuguesa. Assim se tornou um conhecedor profundo das literaturas lusófonas. Recebeu em 2014 o Prémio de tradução Straelener e junto com Luiz Ruffato, em 2016 o prémio internacional Hermann Hesse.

Luísa Costa Hölzl nasceu em 1956 em Lisboa, vive em Munique desde 1975, onde se empenha em prol das culturas e literaturas lusófonas. Tem colaborado em várias publicações, com textos próprios ou com responsabilidade editorial. É docente de português, língua, literatura e cultura em Munique e Salzburgo.

Um evento gratuito através da plataforma WEBEX

Reserva até segunda-feira, 21 de março, 23 horas: info@lusofonia-muenchen.de; será enviado um email com o link de acesso.

Um evento da Associação Cultural Lusofonia e.V. em cooperação com a universidade de Salzburgo, Instituto de Românicas – Português

Museus e coleções online

Um convite a visitar, a partir do sofá, diversas exposições e coleções do mundo lusófono.

Um convite a visitar, a partir do sofá, diversas exposições e coleções do mundo lusófono. Aqui alguns links para museus que oferecem visitas guiadas, às vezes só fotografias, outras vezes passeios virtuais, quase sempre em português, também em inglês. Caminhar pelos sites traz agradáveis surpresas.

PINACOTECA DE SÃO PAULO

MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO

MUSEU AFRO-DIGITAL, SALVADOR, BAHIA

MUSEU DE ARTE ANTIGA, LISSABON

MUSEU GULBENKIAN, LISSABON

PARK DES GULBENKIAN-MUSEUMS IN LISSABON
(em língua gestual)

und weitere Angebote in Lissabon

FUNDAÇÃO DE SERRALVES IN PORTO